sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Próximos lançamentos do Sebo Vermelho - A Historia de Estremoz tem relançamento - Ecos do Silêncio..recontando nossa história..





A História de Estremoz, uma das primeiras vilas do Rio Grande do Norte, o sexto volume da Coleção João Nicodemos de Lima, foi o primeiro sucesso editorial das Edições Sebo Vermelho, com 180 exemplares vendidos na noite de lançamento, na cidade.
A Irmã Maria Dionice da Silva, freira da Congregação Filhas de Santana, organizou documentos e textos, em poesia e prosa, sobre a Vila de São Miguel do Guajiru e os publicou em 1997, sem esquecer os historiadores João Alves de Melo, Júlio Gomes de Sena, Henrique Castriciano, Luís da Câmara Cascudo, Nestor Lima e Manoel Ferreira Nobre.
Estremoz é uma homenagem à cidade portuguesa, portanto, tem que ser escrito com es. Estremoz com ex é um erro gravíssimo que a Câmara Municipal tem que corrigir urgentemente, pegando como gancho a reedição de sua história.
Abimael Silva




Integro, acima de tudo

Leonardo Sodré
Jornalista

Conheci o professor Walner Barros Spencer em meados dos anos 1980. Naquele tempo fazíamos parte de uma comunidade que nos últimos tempos somente tem crescido. A dos adeptos do automobilismo “off road”. Eu era jipeiro e Spencer ralizeiro. Depois, por influência dele e pelo deslumbramento de praticar um esporte que mistura ciência e técnica, virei ralizeiro. Juntos, a maioria das vezes como cordiais adversários, pilotamos por várias regiões deste País.
Não é difícil descrever o meu bom amigo, conhecido pela integridade em tudo o que faz. O trabalho intelectual de pesquisador, professor e historiador, além de industrial durante algum tempo, não interferiu na sua veia esportiva. E, com esse espírito, o experiente campeão de rallyes de regularidade transformou-se no professor das primeiras gerações dos praticantes da modalidade no RN. Ficou famoso não apenas pelo fato de ter trazido o esporte, mas pelas exigências que fazia a nós, entusiasmados corredores. Ele foi incansável nos quesitos da ética e do bom comportamento, dentro e fora dos circuitos.
Spencer se revelava como um professor radical. Vocês estão construindo, cada um de vocês, os seus passados. Suas ações, agora, serão suas referências no futuro, dizia sempre.
Viramos amigos, irmãos. Vivemos períodos de grandes alegrias e outros de imensas tristezas com a morte de amigos. Mas, nunca deixamos de nos encontrar para comer um churrasco - feito por ele no seu retiro de Búzios. Nesses momentos - e sempre - ele está voltado para os valores da família, que gosta de reunir aos domingos, junto com antigos ralistas para reviver velhos tempos, mostrar seus textos, falar de poesia...
Neste livro, “Ecos de silêncio! A memória indígena recusada”, o professor Spencer, o cuidadoso professor de arqueologia - de grandes caminhadas investigativas com seus alunos -, resgata uma preocupação antiga sobre os verdadeiros heróis de nossa terra.
Uma vez perguntei a ele sobre os destino dos 90.000 índios, organizados, que existiam por aqui. Estávamos num restaurante repleto de gente. Ele entristeceu-se antes de responder. Estão por aqui, meu caro. Olhe ao seu redor... Estão em toda parte, mas perderam a identidade, foram massacrados de diversas formas, respondeu.
Não tenho dúvida, caros leitor, que você irá se deleitar com esse novo enfoque da História do Rio Grande do Norte pela tinta emocionada e detalhada do Rio Grandense do Sul que mais ama esta terra.
Boa leitura.

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