quarta-feira, 14 de março de 2012
Milton Siqueira, Poesia em estado bruto. 14 de Março Dia da Poesia, Uma Homenagem do Sebo Vermelho.
Milton Siqueira, libertário, miserável e verdadeiro, produzia versos soltos, alucinantes e cheios de vontades planetárias. Rabiscava em ponta de esquina, dentro de igrejas ou a caminho do mar. Maltrapilho, pedinte vitalício, olhos refratários. Ajuizava e alucinava quem não soubesse do nú e do crú da própria vida. No café "São Luíz", tragava todos os fantasmas, medos e assombrações undeground da província. Atacava com o seu verbo solto, quem lhe apunhalasse desatinadamente. Confessor-mor da dor de quem pede o perdão e de quem trai o próprio sol. Solitário, beberrão e ermitão, navegava com os anjos mentais, atordoando diálogos inter-continentais.
Vagando na noite feito sombra de nós mesmos, não se dispunha ao convívio fácil; gostava mais de besuntar seus cigarros loucos e roucos. Por pouco, em um dia, não extravassou toda a agonia de uma procissão cristã. Costurando corpos e com sua voz gutural, foi fazendo pilheria do que encontrava pela frente. Viveu como poucos. Morreu como todos nós.
Fonte:(Onthee.blogspot.com)
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Será que ele iria gostar de estar nesse ritual de homenagens ao discurso poético?! Dá para imaginar a cena: com certeza, a ridicularizar a morbidez da palavra encerrada em si mesma, traria um verso questionador, mordaz, cortante!
ResponderExcluirAbraço do Pedra do Sertão
Meu caro abimael. Eutenho em mãos um novo livro estilo romance para poder ser impresso. ACASO é a historia de um menino de grupo escolar que discute com a professora e nunca ELA responde as suas questoes por nao saber..Gostaria de imprimir da sua grafica. Ja fiz tres outros livros impressos em outras editoras de natal, sao paulo e brasilia. se puder deixe o seu recado no blog - http://alderico.leandro@yahoo.com. obrigado
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