terça-feira, 13 de julho de 2010
O GRANDE MAESTRO PAULO MOURA SAI DE CENA.
Artista que levou o ar além de sua condição física e biológica, e construiu uma nova forma de movê-lo, devolvendo-o ao sentido-sonoro sua trans-dimensão de metal itinerante. Fluxo de sopro deslocante. Assim soprava sonoridades musicais magnificas o compositor e maestro Paulo Moura.
Paulo Moura, com seus metais sax dissonantes, criou percursos musicais que pontuaram a audição melódica fora da música imóvel, ou anestesiante como diria o filósofo da Escola de Frankfurt, Adorno.
Em seus percursos que o levaram ao cronológico 77 anos de uma estética abrangente, Paulo Moura foi parceiro em execuções musicais de artistas insignes como Elis Regina, Raphael Rabelo, Tom Jobim…
Esse paulista de São José do Rio Preto, Paulo Moura, na itinerância de seus metais-fluxos-sonoros gravita agora como sonoridade de si mesmo em si mesmo.
Se o filósofo Nietzsche tem razão ao afirmar que a música é a potência criativa da Vida, o ser trágico do novo, Paulo Moura só confirmou com seus sax de sax de mais.
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