quinta-feira, 22 de julho de 2010

UMA NOVA MARCA PARA O SEBO.



Para comemorar a 300ª Edição da Coleção João Nicodemos de Lima,
foi desenvolvida uma logo comemorativa que será utilizada já nas proximas edições.
Criação do designer Alexandre Oliveira,

2 comentários:

  1. VÁRZEA: DOCE TEMPO DE LEMBRANÇAS!

    Autor: João Ludugero (em 17/07/2009).Publicado completo no meu Blog: www.ludugero.blogspot.com

    Já são duas e meia da tarde,
    O sol já alaranja o poente,
    Assombreando o açude do Calango.
    Eu e Antonio Picica de Xinene Paulino
    Percorremos as ruas a vender
    pastéis de queijo e de carne-seca;
    A estas alturas do crepúsculo,
    Abimael já afinara as canelas
    Desde às quatro bocas da rua grande,
    A vender pirulitos no tabuleiro cheio de furos,
    Além dos doces de banana e goibada.

    Não me recordo de quem vendia
    Quebra-queixo, puxa-puxa, língua-de-sogra...
    Mas havia disso também...
    Ah, isso também se vendia.
    Eram vendidas tapiocas de coco,
    Grudes, beijus, cocadas, docinhos de jaca,
    Eram vendidos biscoitos, sequilhos, soldas,
    Pães de mel, brotes, queijos de coalho,
    Pés-de-moleque, além de castanhas de caju assadas
    Bolachas regalias, caldo de cana,
    Dindim e picolés de coco queimado,
    Sem me esquecer dos famosos bolos
    de Seu Biga, pai da Edilza.

    De um tudo se vendia ali
    Na minha Várzea das Acácias...
    E o tempo-laranja descascava mexericas,
    Laranjas-cravo e rolinhos de cana-caiana;
    E o tempo-doce-de-coco não enjoava a vida da gente.

    E o tempo passava lento, lentamente...
    Como que a dizer que a vida não precisa de tanta pressa
    Como que a nos sobreavisar que viver a vida é assim
    Não ameno de amar, não de Amor a menos.
    Que a vida ia se deslanchando na tarde amena
    Da minha pequena Várzea de Ângelo Bezerra.

    E de puxa-puxas a outras guloseimas,
    De babas-de-moça a açúcar queimado,
    De caramelos a balas caseiras de Dona Zidora
    A gente ia lambuzando o céu da boca,
    Em doces nuvens de algodão-doce!
    E eram tantos os manjares a nos deliciar a alma,
    A nos embevecer o espírito de coisas simples...

    E o mel a escorrer pelos quatro cantos da boca
    Da Travessa Brasiliano Coelho de Oliveira,
    E o cheiro de pão quentinho vaporizando
    Toda a cidade de São Pedro apóstolo,
    Não escondendo o êxtase de viver com simplicidade.

    Com açúcar, com afeto, com farinha,
    Apesar dos suores e dos pesares,
    Toda a maravilha, todo encanto
    Que só existe neste lugar
    Abençoado de esperanças novas
    De dona Tonha de Pepedo,
    Na minha Várzea de Silva Florêncio,
    Na nossa Terra da Felicidade!

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  2. Caro ABIMAEL,
    Eis aqui uma amostra de um texto meu publicado no VNT e no meu Blog (www.ludugero.blogspot.com), que fiz numa homenagem a Várzea e a Você. Quando puder, leia. E, se puder, acesse meu site e comente.
    Forte abraço para você e seus digníssimos familiares,
    João Maria Ludugero da Silva.

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