quinta-feira, 18 de outubro de 2012

O Poeta convida todo mundo para fazer aquele 69 lá no beco da lama.


FALVES SILVA 69 ANOS DE POESIA

 Pintor surrealista em 1966, poeta/processo a partir de 1967, Falves Silva, em apenas dez anos de atividades experimentais no interior de uma forte especulação (anti)literária, conseguiu se firmar como um dos maiores produtores contraculturais brasileiros do momento. Seus poemas e sua lucidez crítica e produtiva colocam-se no centro da vanguarda a mais militante possível, entre nós, de Anchieta Fernandes a J. Medeiros, de Dailor a Wlademir Dias-Pino. (...) E Falves Silva é um produtor, com os olhos voltados para o alcance (estético) da produtividade, seja em sua vertente formalista, seja em sua  vertente estrutural. (...) Falves Silva é um produtor, repitamos:  ele não “cria” poemas, o que seria cair no vício humanista da “criação” idealizada segundo padrões acadêmicos; ele produz  poemas, o que implica a materialização de linguagens que existem dentro de um contexto social determinado.  O poema, materialmente proposto, tem uma vigência histórica que é também cultural.”

MOACY CIRNE,
em A POESIA E O POEMA DO RIO GRANDE DO NORTE (Natal:  Fundação José Augusto, 1979, p. 33-36)




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