quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Documentário sobre o Sebo Vermelho é premiado em Cuba




É com grande prazer que registramos o Prêmio recebido pelo cineasta
Paulo Laguardia, que foi vencedor do Festival Internacional de Documentales
Santiago Álvares In Memorian na Categoria "Proyeto", pelo documentario - Sebo Vermelho, o lugar de Abimael. Uma conquista mais do que merecida para
o cineasta potiguar, levando pra além mar um pouco da nossa Batalha. Salve Paulo Laguardia. O documentário continua inédito no Brasil. em breve será postado aqui em nosso blog.
Confira no site do Festival.
http://www.cubacine.cu/festivalsantiagoalvarez/articulos/premiosp.htm

domingo, 21 de novembro de 2010

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Uma Pipa distante que existe apenas em nossas lembranças.



O Fotografo Marco Polo nos leva para uma viagem ao passado pela Praia da Pipa, em imagens belas e poéticas de uma praia que não existe mais. Um livro que é pura poesia. Será lançado durante o II Festival Literário da Pipa 2010, no dia 18 de novembro as 17h, no estande do Sebo Vermelho.

domingo, 14 de novembro de 2010

Um lugar cheio de arte.

O Lugar é simples, porem todos os objetos chamam atenção,
quadros, molduras, velhos objetos, obras inacabadas e muita história.
Assim é o Ateliê do Mestre Desmoulins Jotó, e do pintor Fábio Eduardo, um lugar impregnado de arte.
Fotos: Alexandre Oliveira




quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Salve Yasser Arafat - Palestina Livre




O Sebo Vermelho homenageia o Líder Palestino Yasser Arafat pelos 6 anos de sua morte e sua luta. Lembra o movimento pela libertação da Palestina.

Desafio
(*) Mahmud Darwich

Atem-me
proibam-me os livros
os cigarros
obstruam minha boca com areia
a poesia é sangue
a água dos olhos
se imprime com as unhas
as órbitas
as adagas
Clamarei seu nome
no cárcere
no banho
na pedreira
sob o látego
a violência das correntes
Um milhão de pássaros
sobre os ramos de meu coração
inventam o hino combatente

(*) Mahmud Darwich, poeta palestino.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Dois poemas de Marcílio Medeiros

MORTE TERMO TEMOR
Marcilio Medeiros


Aguarda: tom de neve.

Água parda proscreve

a rapidez. Agora tarda


Afeito: bom para sumir,

de terra desfeito, vai surtir

único e último efeito.


Fira: dom da faísca.

Fogo de pira confisca

quem só se reproduziu na lira.


Alarde: som de alaúde,

ar de notas arde sobre o ataúde,

antes que chegue a tarde.


OBSCURO
Marcilio Medeiros


sempre há uma brecha

raios a decepar flores

a nudez das cores reservadas

estiletes eretos na raspagem

da poeira que se esconde

e repousa na limitada

decomposição que lhe resta

as dobras dos móveis

sua carapaça, seu secreto

labirinto onde maturam

os dias passados em objetos


um sopro, uma falha

traz o arpão incendiado

a gralha silenciosa, mas munida

a riscar o olhar assustado

de coisas mal-dormidas

Marcilio Medeiros
(nascido em Caicó e que vive socado (sempre que pode) em São João do Sabugi, embora more atualmente em Aracaju, após 30 anos de Recife).
Está presente na blogosfera em http://vidaliteraria3.zip.net/

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Novo livro da Poeta Iracema Macedo em fase final


O Sebo Vermelho em breve anunciará local e dia do lançamento.

Um pouco de poesia

Affonso Romano de Sant'Anna

Há poemas montados como ladrilhos
sem vida e há aqueles que fluem


Posto que o nome deste suplemento é Prosa e Verso, hoje é dia mais de poesia do que de prosa. E gostaria que vocês lessem simplesmente alguns poemas sem qualquer comentário. Mas para que nos acostumemos aos poucos, e de novo, com a poesia assim exposta, introdutoriamente direi duas ou três coisas.
Outro dia recebi um livro de uma poeta de Natal, Iracema Macedo. Não quis ler a orelha. Livro, às vezes, é melhor assim, sobretudo o de poesia, você abre logo lá dentro e sente num único verso, num único poema, se a criatura tem poesia na veia ou se aprendeu a fazer poesia, ou nem isso. Então, eu nem sabia que Iracema, que tem lá uns trinta anos, era moça letradíssima, tinha até feito a dissertação de mestrado – “Idealismo e amor fati na estética de Nietzsche.” E levei um baque logo no primeiro poema:

AS VESTES

“Enfrentei furacões com meus vestidos claros
Quem me vê por aí com esses vestidos
estampados
não imagina as grades, os muros
o chão de cimento que eles tornaram leves
Não se imagina a escuridão
que esses vestidos cobrem
e dentro da escuridão os incêndios que retornam
cada vez que me dispo
cada vez que a nudez me liberta dos seus laços ”

Há poemas, há poetas nos quais a gente sente que estão trabalhando com ladrilhos. Vão colando palavras dificultosamente, numa montagem inteligente, apurada, ao final da qual a gente diz: “É, está bem feito, mas falta vida”. Tanto Mário de Andrade quanto Nelson Rodrigues já diziam que a “inteligência” tem estragado a obra de muitos autores. O próprio Mário, às vezes, foi vítima disto.
Diferentemente, há poemas, há poetas que não guaguejam, mas cujo texto flui e nos conduz. É que nesses casos a poesia está soprando do imponderável. E, às vezes, a coisa pode ser tocantemente simples como nos versos de Iracema:

DANDARA

“Eu só acreditava em Drummond:
‘o amor chega tarde’
Não conhecia o amor que fulgura sem aviso
esse que se sabe proibido
o amor que já se sabe perdido desde o início
Eu não acreditava no impossível
vinha tão sóbria, tão cheia de medidas
não conhecia o esplendor da queda
nem a violência dos abismos”

Anotem. Não estou fazendo crítica literária. Estou lendo poemas com vocês. Estou lendo socialmente alguns poemas de uma poeta que ninguém conhece, a não ser a tribo dos potiguaras, lá no Rio Grande do Norte. E ao publicá-la aqui estou erguendo um monumento ao poeta desconhecido. Seu livro “Lance de dardos”, que reúne quatro opúsculos publicados desde 1991, vocês não o vão achar em livraria, porque o sistema, quer dizer, não é sistema, sistema é outra coisa, melhor dizer o esquema literário é perverso e nem sempre premia os melhores. Mas não é por isto que não vou citar essa Iracema, que nem conheço e que adoçou meus lábios com poesia.
Outro dia Nei Leandro de Castro, um dos caciques da tribo poética dos potiguaras mandou-me seu bom “Diário íntimo da palavra”. Ele que, entre outras publicações, tem um insólito livro de poesia erótica( “Era uma vez Eros”), enviou-me livros de outros bons poetas lá de Natal. Lembrei-me de outra colônia de bons poetas, lá em Aracaju, que Alberto de Carvalho apresentou-me no CD “A voz, o poema”.
Não, não vou citar nomes de poetas marginalizados. Isto já seria outra crônica.
Outro dia adverti numa entrevista, quando me perguntaram sobre essas três antologias de cem poemas/poetas do século XX, que se deveria fazer uma quarta antologia com o nome de muitos como Iracema. Seria o obelisco ao bom poeta desconhecido.
Não sei se ela vai desenvolver o projeto de uma obra poética. Estou apenas pinçando a poesia que sobrenada nesse arquipélago cultural cheio de ilhas de si mesmas exiladas. Poesia que dá prazer de ler.
E, para terminar, fiquemos de novo com a poesia de Iracema:


POEMA DO LOBO DO MAR

“Como proteger-me desse lobo que vem vindo
Em que ilhas poderei me ocultar
em que barcos ousarei fugir
desse lobo que domina os barcos e as ilhas?

Reúno roupas negras faca escudo
De que adianta enfrentá-lo do meu jeito
se ele me despe do jeito que ele quer?

Como proteger-me dessas ondas
de prazer que ele traz em suas brisas
De que vale feri-lo com meus versos
De que vale me lançar ao mar

Se não há como esconder-me de mim mesma
do exílio que sinto quando fujo
da vontade que tenho de ficar?”

Jornal O Globo. Prosa e Verso, 14 de abril de 2001

domingo, 7 de novembro de 2010

Salve Godard



Godard passou a infância e juventude na Suíça e depois estudou etnologia na Sorbonne. A partir de 1952 colaborou na revista Cahiers du Cinéma e, depois de vários curta-metragens, fez em 1959 seu primeiro filme longo, À bout de souffle (Acossado), em que adotou inovações narrativas e filmou com a câmera na mão, rompendo uma regra até então inviolável. Esse filme foi um dos primeiros da Nouvelle Vague, movimento que se propunha renovar a cinematografia francesa e revalorizava a direção, reabilitando o filme dito de autor.

Os filmes seguintes confirmaram Godard como um dos mais inventivos diretores da Nouvelle Vague: Vivre sa vie (1962; Viver a vida), Bande à part (1964), Alphaville (1965), Pierrot le fou (1965; O demônio das 11 horas), Deux ou trois choses que je sais d'elle (1966; Duas ou três coisas que eu sei dela), La Chinoise (1967; A chinesa) e Week-end (1968; Week-end à francesa). O cinema de Godard nessa fase caracteriza-se pela mobilidade da câmera, pelos demorados planos-seqüências, pela montagem descontínua, pela improvisação e pela tentativa de carregar cada imagem com valores e informações contraditórios.

Após o movimento estudantil de maio de 1968, Godard criou o grupo de cinema Dziga Vertov — assim chamado em homenagem a um cineasta russo de vanguarda — e voltou-se para o cinema político. Pravda (1969) trata da invasão soviética da Tchecoslováquia; Le vent d'Est (1969; Vento do Oriente), com roteiro do líder estudantil Daniel Cohn-Bendit, desmistifica o western e Jusqu'à la victoire (1970; Até a vitória) enfatiza a guerrilha palestina. Mais uma vez, Godard procurou inovar a estética cinematográfica com Passion (1982), reflexão sobre a pintura. Os filmes seguintes, como Prénom: Carmen (1983) e Je vous salue Marie (1984), provocaram polêmica e o último deles, irreverente em relação aos valores cristãos, esteve proibido no Brasil e em outros países.

De 1981 a 2010, João Gilberto Noll publicou dez livros


Carlos de Souza - especial para o Viver

Um rápido passeio pela internet vai dar ao leitor as seguintes informações sobre o escritor João Gilberto Noll. Ele nasceu em 1946 na cidade de Porto Alegre (RS). Em 1969, após ter abandonado o Curso de Letras na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde começou a trabalhar como jornalista nos jornais Última Hora e Folha da Manhã. Em 1970, publicou seu primeiro conto na antologia Roda de Fogo, organizada por Carlos Jorge Appel, de Porto Alegre. Em 1970 mudou-se para São Paulo, retornando ao Rio em 1971. A partir de 1974 voltou aos estudos de Letras e passou a lecionar no Curso de Comunicação na PUC do Rio de Janeiro. Em 1980, publicou seu primeiro livro, O Cego e a Dançarina. A partir daí começou a acumular prêmios, como Revelação do Ano, da Associação Paulista de Críticos de Arte; Ficção do Ano, do Instituto Nacional do Livro e o Prêmio Jabuti.
Noll é um autor prolífico. De 1981 a 2010 já publicou A Fúria do Corpo, Bandoleiros, Rastros de Verão, Hotel Atlântico, O Quieto Animal da Esquina, Harmada (Prêmio Jabuti), A Céu Aberto (Prêmio Jaboti), Contos e Romances Reunidos, Canoas e Marolas, Berkeley em Bellagio, Mínimos Múltiplos Comuns (Prêmio Jabuti), Lorde, A Máquina do Ser, Acenos e Afagos, Anjo das Ondas. Além disso, ele já recebeu vários prêmios internacionais, teve livros lançados da Inglaterra, foi bolsista e professor convidado na Universidade de Berkeley, nos EUA. O crítico Karl Erik Schollhammer, em seu livro Ficção Brasileira Contemporânea diz, “Noll cumpre uma trajetória que o identifica, inicialmente, como o intérprete mais original do sentimento pós-moderno de perda de sentido e de referência. Sua narrativa se move sem um centro, não ancorada num narrador autoconsciente; seus personagens se encontram em processo de esvaziamento de projetos e de personalidade, em crise de identidade nacional, social e sexual”. Noll é presença confirmada no Flipipa, dia 20 de novembro, quando falará sobre sua própria narrativa tendo a participação de Ilza Matias e Carlos Peixoto. Conversei com ele pela web e recebi estas respostas sucintas como são seus livros em geral.

Você gosta de participar de festivais literários?

A escrita é uma produção bem solitária. Então é realmente estimulante você ter nos festivais literários uma oportunidade de poder dialogar sobre a sua obra com os leitores presentes.

Como você vê a literatura no Brasil hoje?

Acho que a literatura brasileira hoje está vivendo um verdadeiro renascimento. Quando lancei meu primeiro livro, em 1980, não havia a metade do surgimento de novos autores de qualidade como acontece agora. É Marcelino Freire, é Marçal Aquino, é Paloma Vidal, enfim, são muitos, e que já nascem com vigor e sabedoria.

Nunca se publicou tanto no Brasil. Você acha que o brasileiro está lendo muito?

Não sei se o brasileiro de uma maneira geral está lendo tanto assim. O que acontece é que as faculdades de letras trabalham hoje muito mais com autores contemporâneos. Os festivais literários se multiplicam. Os escritores assim têm mais contato com seu público, as motivações para a leitura crescem bastante. Por tudo isso, os jovens, posso dizer, eu acho, os jovens, mesmo com a presença esmagadora da internet, estão pegando mais no livro de papel.

Você acha que há uma tendência para substituir a grande narrativa por um novo tipo de obra literária?

Acho que sim. A velocidade dos tempos modernos pedem, sim, obras menos extensas, mais ágeis. Parece que não há mais aparato neurológico para seguir epopéias infindáveis.

Seus personagens parecem perdidos numa solidão sem fim. Como você explica isso?

Eu não sei explicar. Deixo que meu inconsciente me diga o caminho. Eu me abandono nos temas, só isso.

Você volta a ler seus livros já publicados?

Volto com alguma frequência para sentir se há outros modos de percebê-los.

Como é seu processo de criação?

O de dar forma à correnteza desse mesmo inconsciente.

Em que você está trabalhando agora?

Por enquanto é segredo, até para mim mesmo.

Fonte: Jornal Tribuna do Norte

Carlos BEM..canta os poetas do RN em novo show

sábado, 6 de novembro de 2010

Tomates Verdes Fritos

Vale salientar o desempenho das atrizes Jessica Tandy e Kathy Bates,
um belo fim pra um belo filme.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

A DERROTA DE LAMPIÃO SERÁ CONTADA NA FLIPIPA


O Prof. Gilbamar de Oliveira, autografa o livro A Derrota de Lampião
no estande do Sebo Vermelho durante a FLIPIPA 2010.
Mais um biscoito fino da Coleção João Nicodemos de Lima,
sobre este inesgotável e saboroso tema que é o Cangaço e
seus personagens.
Para saber mais sobre o FLIPIPA 2010 - acesse: www.flipipa2010.blogspot.com

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Modigliani para poucos e loucos por arte



Quadro "A Bela Romana", de Amedeo Modigliani, é exibido em Nova York (29/10/2010)

NOVA YORK, 2 Nov 2010 - O quadro de Amedeo Modigliani, "A Bela Romana", bateu todos os recordes de vendas do artista italiano, e foi arrematado por US$ 68,9 milhões em leilão celebrado nesta terça-feira (2), em Nova York.

O óleo sobre tela que exibe uma mulher seminua foi estimado em mais de US$ 40 milhões pela casa Sotheby's, mas o leilão superou com folga as expectativas no começo das vendas de arte impressionista e moderna.

O recorde anterior para uma obra de Modigliani era de US$ 43,1 milhões para uma escultura (vendida em junho passado) e de US$ 31,3 milhões para um quadro (2004).

Na mesma noite, outra tela de Modigliani, "Jeanne Hebuterne com Chapéu" foi vendido por US$ 19,1 milhões e "O Estanque de Nenúfares", de Monet, mudou de mãos por US$ 24,7 milhões.

Os grandes leilões de outono de arte impressionista, moderno e contemporâneo comeparam com um mercado recuperado após a crise e marcado pela globalização do
gosto.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

ETERNAMENTE IDIOTA



O sujeito ai acima perde todo o tempo falando mal de Lula, racista e truculento, ganha a vida trabalhando pra Globo e Veja, é considerado o príncipe do PIG,a voz maior da imprensa de direita, eternamente idiota, terá que passar mais 4 anos esperneando feito uma gazela...
felizmente Lula domou-lhe...