domingo, 27 de fevereiro de 2011

Conheça um pouco mais de Abimael Silva em Cores & Nomes

Programa de entrevistas Cores & Nomes com a jornalista Margot Ferreira. InterTV Cabugi. Globo Natal
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Próximos lançamentos da Coleção João Nicodemos de Lima





No primeiro semestre de 2011 estaremos a todo vapor
com nossa edições. Em breve calendário
definitivo dos nossos lançamentos.

O Peido, O Traque...Pum
(O Valor que o Peido Tem)
A irreverência de Celso da Silveira
José de Souza

Do Outro Lado do Rio, Entre Morros
Newton Navarro
Boemia na Redinha

Poemas
Antônio José Marinho

Evocação de Ceará Mirim
História de Ceará Mirim Antigamente
Nilo Pereira

Canção da Terra dos Carnaubais
Poesia sobre o Assu
Rômulo Wanderley

Perfis
Figuras de Ontem
Francisco Avelino

Beira Rio
A Ribeira nos anos sessenta
Newton Navarro

A Mulher do Sargento Oliveira e Outras Histórias História do Sertão Paraibano e Pernambucano
Djaci Ferreira de Souza

A Importância dos Sebos para a Educação, Cultura e Lazer: Histórico sobre os Sebos de Natal
História dos Sebos de Natal nos anos oitenta. Em especial a história do Sebo Vermelho
Fernando Antônio Costa Wanderley

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Jacio Um Homem Bom - por João da Mata Costa


O Cata- Livros

João da Mata Costa

Meus Deus eu não acredito. Toda semana visitava o Cata-Livros e meu amigo Jácio. Sem o Cata-Livros estou mais perdido ainda nessa selva de mediocridades.
É como se tivesse queimado um ente querido. Fiquei sem uma parte. Quantos tesouros guardados ali. Alguns Jácio mostrava para os amigos. Outros, foram para o Mercado de Petrópolis e Cata-Livros de Verinha.
Hoje mesmo estava pensando visitar Jácio. Sempre com uma novidade e uma palavra amiga.

Outro dia, no mesmo bairro de Morro Branco, queimou a biblioteca de um pesquisador da cultura norte- rio- grandense.

Há que se fazer alguma coisa com essas quedas de energia e queimas de eletrodomésticos.

Contra tudo que há contra o livro. Ainda o fogo !.
Estou tremendamente triste. Receba meu abraço : Jácio, Vera e Ramon


O Cata- Livros de Jácio e Vera

Há um homem por trás dos óculos espessos. Um amigo, um sebista, um grande sujeito. Uma miopia de tantos títulos, brochuras e orelhas que só ele sabe ouvir. Desculpem-me os ciúmes e os outros todos meus amigos, mas - Jácio, é o maior sebista de Natal. Jácio e seus grandes irmãos. Jácio e sua mulher também maravilhosa. Uma mulher de Vera. Conheço a sua luta em tempos que o marido precisou passar por várias cirurgias e se recupera bravamente, para o bem da grande nação potiguar. Conheço Jácio desde a sua casa-sebo no alecrim, depois, a cigarreira em frente ao ex-cinema São Luís. Em seguida, várias localizações no grande ponto. No ponto de todos. Jácio conversa com todos e todas. Jácio tem o que conversar em todos os níveis. O cigarro atalhando o papo esgueira a fumaça que descaminha os pensamentos nas tardes jacianas. Boa parte da minha biblioteca foi adquirida com o Jácio e Vera. Nunca deixei de comprar porque não estava com dinheiro. Comprei livros em Russo, Francês, Alemão, Inglês, Espanhol, Italiano, Português, etc. Jácio aprendeu a gostar dos livros. Aprendeu, sobretudo, a servir e a ser amigo. A cidade alta sem Jácio não é cidade. A cidade que ele conquistou e semeou com livros, afetos e risos por entre prismas de uma visão que enxerga longe. Não chore meu amigo, pois estamos todos torcendo por sua rápida e pronta recuperação. Vera está tomando conta de tudo. É uma mulher excepcional e trabalhadora. Sabia o que ela me disse? - e eu mais do que concordo! JÁCIO É UM HOMEM BOM. Se existe melhor eu não conheço.

Foto:Tarcio Fontenele

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Um clássico da Coleção João Nicodemos de Lima


Os Franceses no RN
Bernard Allèguede
Roberto Silva
Seleção. Organização e Introdução

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Lou Salomé, Paul Rée e Nietzsche. Por João da Mata Costa


Um Triângulo amoroso platônico. Uma mulher maravilhosa a conduzir o
homem, os homens de sua vida intelectualmente brilhante. Conviveu com os
grandes de sua época. Aquariana nascida em São Petersburgo, na Rússia,
rompeu com os dogmas da época e amava, sobretudo, a inteligência e a
alma humana, que ela conhecia profundamente. Lou conduz uma carroça
tendo Nieztzche e Rée como cavalos, e ela com o chicote na mão a
conduzi-los. Fantástico.
Lembrei do livro “El mito trágico de El Ângelus de Millet”, escrito por
Salvador Dali. O Ângelus de Millet, nec plus ultra do método
paranóico-crítico, comenta um pequeno e grande quadro do pintor
Jean-François Millet. Um quadro crepuscular onde aparece a mãe com as
mãos unidas em pose de oração, e o pai segurando o chapéu com a cabeça
levemente encurvada. Na interpretação paranóico-crítica-daliniana
observa-se muitas alusões incomodas sobre um “erotismo rural” que o
quadro tentava camuflar. A mãe podia ser uma variante da mãe fálica
egípcia com cabeça de abutre, e utiliza seu marido estranhamente
despersonalizado como um carrinho de mão, a transportar seu filho para
ser enterrado, ao tempo que fecunda a mulher, sendo ela a mãe-terra,
nutridora por excelência. A Mulher do quadro de Millet é uma Lou Salomé
a conduzir os passos do homem moderno e perplexo. A reunir pedaços que
foram esquartejados pela vida moderna. A mulher geradora e castradora. A
musa eterna. O terceiro nunca é escolhido, mas está presente.

Nietzche diz;

“ O verdadeiro homem quer duas coisa: perigo e diversão. Portanto ele
quer a mulher, o mais perigoso brinquedo”.



"Ouse, ouse... ouse tudo!!
Não tenha necessidade de nada!
Não tente adequar sua vida a modelos,
nem queira você mesma ser um modelo para ninguém.
Acredite: a vida lhe dará poucos presentes.
Se você quer uma vida, aprenda a conquistá-la!
Ouse, ouse tudo! Seja na vida o que você é, aconteça o que acontecer.
Não defenda nenhum princípio, mas algo de bem mais maravilhoso:
algo que está em nós e que queima como o fogo da vida!!"

Lou Salomé


HINO À VIDA / Lou Andreas Salome

Eu te amo, vida enigmática
Que me tenhas feito exultar ou chorar,
Que me tenhas trazido felicidade ou sofrimento.
Amo-te com toda a tua crueldade,
E se deves me aniquilar,
Eu me arrancarei de teus braços
Como alguém se arranca do seio de um amigo.
Com todas as minhas forças te aperto!
Que tuas chamas me devorem,
No fogo do combate, permite-me
Sondar mais longe teu mistério.
Pensar, viver, durante milênios!
Aplica nisso tudo quanto tens!
E se não tens mais felicidade para me dar
Então, ainda tens teus sofrimentos!

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Cartas da Feira 1








Feira do Aleccrim . Junho 2010 - Fotos: Alexandre Oliveira

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Cartas do Forte - Ensaio dez. 2010 -







Fortaleza dos Reis Magos - Natal - RN - Dez. 2010 - Fotos: Alexandre Oliveira

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

O retrato puro e sem retoques de uma Alma Sebosa


Em carta, consultora cultural denuncia assédio moral do presidente da Funcart


CARTA ABERTA

Aos amigos e parceiros que me perguntaram se desisti de acreditar na cultura da nossa cidade ao entregar o cargo de Assessora Técnica da Funcarte semana passada, digo não.

Só não consegui conciliar minha rotina a uma gestão que não sabe compreender um organograma. Que para suprir as infelizes escolhas e incompetência profissional de alguns, eu tinha que me dobrar ou triplicar em trabalho.

Mesmo assim, acumulando funções de tantos outros, era sistematicamente assediada moralmente, em forma de xingamentos e baixarias inacreditáveis em outros tempos, mas não nos do presidente atual, onde a pornofonia é a regra. Acho que terei de trocar o aparelho do meu celular, porque as mensagens deixadas lá o contaminaram para sempre.

Cansei de ser xingada de estrupício, rapariga, e outros refinos durante os arroubos do sr. Rodrigues Neto. Na verdade, em 40 anos de vida, jamais vi alguém tão baixo. Nunca em mais de 15 anos de vida profissional, um chefe chegou para mim e me disse que eu só falo “bosta” ao constetar um dos meus argumentos técnicos.

Enfim, algo grotesco demais para ser dito (publicado), mas é preciso que os natalenses saibam que a Cultura da cidade está nas mãos da pessoa mais incapaz de conduzir um diálogo de cinco minutos, sem citar dois ou três palavrões.

Foram seis anos de Capitania, trabalhei junto a muitos produtores/artistas e neles encontro esse reconhecimento de um trabalho sério e técnico. Tenho a tranqüilidade dos que deixam a missão cumprida. Sigo como consultora e produtora independente.

Independente, principalmente, da putrefação instalada naquela Fundação.

Muitas coisas eu aprendi na Fundação Cultural Capitania das Artes. Mas algumas eu já levei de casa, como dignidade, honestidade e respeito, que considero requisitos imprescindíveis ao ser humano.

Meus sinceros agradecimentos a todos os artistas, produtores culturais, parceiros e amigos com quem trabalhei e convivi durante os anos em que trabalhei na Funcarte.

Ilana Félix – @ilanafelix

Consultora em Gestão Cultural

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

O Cobrador



Por Adriano de Sousa
NO NOVO JORNAL

ABIMAEL SILVA DEVE a narrativa (com retrospecção) da aventura de editar livros por aqui.

Ada Lima deve novos poemas que confirmem as primícias da menina gauche.

Adriano de Sousa deve poemas com mais poesia & menos linguagem, e deve a crônica que relacione a história do ABC com a história da cidade.

Albimar Furtado deve um estudo da arte da titulagem no jornalismo jerimum.

Alex de Souza deve o roteiro de uma graphic novel com histórias do udigrudi natalóide desenhadas por Marcellus Bob.

Alex Nascimento deve o romance joyceano que a sua potência lingüística vive a suplicar que escreva.

Alexis Peixoto deve os contos sugeridos pela alta performance em concurso e em revista.

Antonio Ronaldo deve outras amostras da beleza sailormooniana de suas canções poemáticas.

Carlos Magno Araújo deve uma seleta que liberte o cronista eternamente atado ao pelourinho do jornal.

Carlos Peixoto deve o estudo da presença árabe & do Islã nesta aldeia de Poti-mais-pagão.

Carmem Vasconcelos deve uns poemas com a poética da articulista Carmem Vasconcelos.

Clotilde Tavares deve um painel histórico no tamanho exato do teatro potiguar.

Diva Cunha deve o libreto de uma ópera pop anarquista sobre Nísia Floresta.

Dodora Guedes deve uma biografia de Aluízio Alves.

Edmilson Lopes Júnior deve o perfil ímpio da esquerda que tivemos, a que temos e a que teremos(?).

Francisco Carlos deve o romance que teve preguiça de escrever em Crônica da Banalidade.

François Silvestre deve uma interpretação culturalista das serras & e dos caracteres serranos.

Franklin Jorge deve os mais de 30 livros escritos ou por escrever.

Geraldo Melo deve uma autobiografia que resgate o jornalista e o intelectual perdidos para a política.

Giovanni Sérgio deve logo uma trilogia antropológica – Civilização do Couro, Civilização da Pluma, Civilização Mineral – e deve o livro de Lolita com retratos da tradicional família natalense em cinco décadas.

Gustavo de Castro deve um ensaio critico-biográfi co capaz de explicar todo o Castriciano que Cascudo ficou devendo.

Jânio Vidal deve uma biografi a de Tarcízio Maia.

Jarbas Martins deve toda a poesia que ele guarda fora de livro & que prefere atirar aos pombos que catam milho na internet.

Joanilo de Paula Rego deve uma antologia de Pablo de los Ríos.

João da Rua deve mais & mais & cada vez mais poemas de João Batista de Moraes Neto.

Jomar Morais deve uma visada livresca sobre a Natal que ele encontrou ao voltar & encontra até hoje.

Jota Medeiros deve os poemas analógicos adormecidos no sótão de sua cabeça digital.

Juliano Siqueira deve a história analítica das idéias libertárias no RN.

Lívio Oliveira deve menos práxis e mais logos, que a literatura não espera.

Luiz Gonzaga Cortez deve a versão fi nal sem-medo-e-sem-ódio do nosso galinheiro verde & dos fl ertes de tantos

bacaninhas de Deus & bacanões de letras com o integralismo.

Marcos Silva deve uma antologia crítica da representação de Natal por seus literatos.

Marize Castro deve um estudo do nosso jornalismo cultural a partir do século XIX.

Mário Ivo Dantas Cavalcanti deve o bestiário do palumbismo (ao modo d’O Todo-Ouvidos de Elias Canetti) e deve a gentileza de não cair no fojo (ser-sóum-cronista) que já mutilou alguns.

Moacy Cirne deve a releitura a frio dos tambores de vanguarda que, dizem extintos sinais de fumaça, ribombavam nas quebradas do Potengi.

Moura Neto deve uma pensata sobre halos e luzes que introduziram aqui formas alternativas de contato com o divino & de viagens de fé.

Muyrakitan K. de Macêdo deve a penúltima versão do Rio Grande do Norte.

Nei Leandro de Castro deve o romance defi nitivo que justifi que a fama de maioral no gênero.

Nelson Patriota deve a História da Crítica Literária no RN.

Osair Vasconcelos deve a fotobiografia do Machadão, antes que até a memória vá abaixo.

Paulo de Tarso Fernandes deve o testemunho circunstanciado da vida política do RN na ditadura militar & depois.

Rafael Duarte deve a enciclopédia dos botecos & cafés fi ncados nos corações de xarias & de canguleiros.

Roberto Guedes deve uma antihistória econômica do RN, detalhando as oportunidades perdidas e explicando como as nossas elites conseguem isso.

Sanderson Negreiros deve todos os poemas da maturidade.

Tácito Costa deve qualquer coisa que o retire da confortável posição de crítico que não escreve crítica para a confortável posição de crítico que escreve crítica.

Tarcísio Gurgel deve mais criaturas de fi cção, antes que o erudito abafe de vez o criador.

Ticiano Duarte deve a biografi a de Dinarte Mariz.

Vicente Serejo deve os microensaios sobre Cascudo, a biografi a monumental de Cascudo, a alma de Cascudo.

Volonté deve a edição completa dos seus instantâneos urbanos incorruptíveis & insubstituíveis.

Woden Madruga deve as memórias ácidas que ele teima em não escrever, mas de vez em quando concede em sua coluna.