sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Um Processo de Anchieta Fernandes


ANCHIETA FERNANDES
“Olho” (versão 1967)

Processo é uma coisa em construção. Se a poesia tradicional acha que um poema está concluído, possui um autor, que não aceita que ninguém o altere, o poema/processo , por sua vez, tem a tese do poema em processo. Só tem valor quando seu processo é trabalhado por diversos autores, com novas versões, partindo do gráfico para o objetual, para o cinematográfico, até esgotar toda aquela proposta inicial do poema. Eu, Dailor e Marcos Silva sugerimos que o movimento fosse chamado de “programações/processo”, mas a sugestão não foi aceita pelos do sul e não pegou nacionalmente. Achávamos que, para radicalizar totalmente contra a literatura, nossas produções não deveriam ser chamadas de poemas.”

(José de Anchieta Fernandes Pimenta, nascido em Caraúba, Rio Grande do Norte, em 1939. É autor da obra Por uma vanguarda Nordestina, 1976).

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