terça-feira, 8 de janeiro de 2013

De Carlos Magno no Blog As Merdas que Penso! É Relativo

A teoria da relatividade de Einstein passa por tudo e todos mas não alcança a minha visão primária do assunto nas abordagens científicas do cabeludo.
Os postulados bem explicados e completamente frios deixam a relatividade do mundo comum
de lado, e com isto, uma brecha para fazer paralelos de conhecimento empírico baseados somente na experiência de alguém que faz parte destas relações.
O amor e as idades são relacionados de forma completamente estúpida, por exemplo.
Lembro como se fosse hoje da impossibilidade de me relacionar com uma menina com 3 anos a mais.
O fosso de 1095 dias era intransponível para um moleque de 15 anos, e o peso da diferença quase sempre derrubava qualquer chance de relacionamento na cabeça daquela "mulher" de 18.
Os anos se passam este fosso se dissolve. Vira apenas uma rachadura de profundidade tênue para ser ajeitada por ambos.
A relatividade do problema de idades agora é feita pelo social. O que para o casal é normal para os outros é uma aberração.
Sempre haverá um lado com seu peso contrário e uma visão pouco poética do amor. É sempre relativo.
Quando era pequeno olhava meus pais como seres completamente pertencentes a um passado distante. Via meus pais como velhos e com seu ciclo de vida quase finalizado pela vida de responsabilidades que levavam. Afinal, eles eram os meus pais!
Hoje, com a mesma idade que tinham meus pais nesta época, vejo que eu sou a mesma criança de 30 anos atrás, com apenas umas responsabilidades a mais, uns cabelos a menos e cheio de dúvidas no peito.
O medo também é relativo.
Há pessoas com medo de serem felizes. Sim, isto existe!
O ser feliz para muitas pessoas passa por "ser normal", e isto assusta quando se constrói uma muralha de adjetivos singulares para se estabelecer como um indivíduo minimamente diferente em uma sociedade igualitária. Pessoas se escondem atrás de rótulos, tribos, grupos e aparências.
Quando se constrói couraças profissionais, proteções contra o amor banal e se fica mais racional... O ser feliz passa a ser relativo.
Ser feliz é simples. Ser feliz pode ser ganhar na loteria, ser bem sucedido na sua profissão ou simplesmente querer uma pessoa ao lado para partilhar problemas cotidianos, contas e amor num abraço quente pela manhã. Este último é o meu caso.
Já pensei em felicidade com dinheiro e profissão. Hoje queria ser feliz com a segurança de andar de mão dada e tomar sorvete na Tropical reclamando do péssimo atendimento e do sabor maravilhoso de uma bolinha de sorvete de Tapioca.
Tempo bom quando ser feliz era a chegada do Natal. Ahhh, como isto é relativo!
Relativo como gostar de pimenta, Halls preto, como querer ser mais velho, ser mais magro, mais alto, mais e mais. Sempre mais!
O amor é relativo, o tempo é relativo, a felicidade é relativa e as pessoas também são.
Não há remédio para estas relações, somente outras relações que também serão relativas.
O que se procura não é o fim das relações, mas ser feliz relacionando amor e tempo com pessoas singulares que queiram ser felizes sem o temível espaço-relativo que separa o sonho-absoluto.
Eu quero é aquela felicidade besta. Aquela que aparece e te deixa rindo sozinho com uma música no carro à caminho da praia.
Aquela que te faz ficar acordado a noite toda por saber que no dia seguinte o destino é algo muito esperado.
A felicidade que precede o dia do acampamento quando se tem 12 anos. A felicidade de ganhar um presente de você mesmo.
Ser feliz não deve estar relacionado com outra pessoa. A sua felicidade para os outros é relativa.
Seja feliz sozinho, ame as coisas pequenas, seja prudente com as decisões que são relacionadas a terceiros.
Se um dia o acaso te apresentar uma relação sem espaço, tempo ou idade na equação, ai você finalmente você poderá provar uma sensação absoluta do "ser feliz".

http://www.asmerdasqueeupenso.com/index.php/57-e-relativo

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