De Paul Ellis (AFP)
LIVERPOOL — Os fãs de John Lennon se reuniram nesta quarta-feira em Liverpool em uma vigília para lembrar os 30 anos do assassinato do ex-Beatle, morto a tiros em Nova York, aos 40 anos de idade, e que vem recebendo homenagens em todo o mundo.
Na cidade que viu os Beatles nascerem, as homenagens se concentraram em torno do monumento Paz e Harmonia, inaugurado há um mês em memória de Lennon.
Os fãs do músico acenderão velas, cantarão canções e lembrarão a vida de seu ídolo, cuja vida terminou abruptamente quando foi atingido pelas costas em 8 de dezembro de 1980 em frente ao edifício Dakota, onde ele vivia com a mulher, Yoko Ono, em Nova York.
O monumento Paz e Harmonia foi inaugurado em 9 de outubro - dia de seu aniversário - por Cynthia, primeira mulher de Lennon, e Julian, filho do casal, no Chavasse Park, para honrar um dos mais ilustres filhos da cidade.
Em Tóquio, a viúva de Lennon, Yoko Ono, marcou o aniversário de morte com um show, dizendo que o mundo ainda tem muito a aprender com sua vida e suas canções.
"Hoje, neste doloroso aniversário, por favor unam-se a mim para recordar John com profundo amor e respeito", escreveu Yoko Ono no Twitter, antes do show anual de caridade que organiza para lembrar o marido.
"Apesar da curta vida de 40 anos, ele deu muito ao mundo. O mundo foi abençoado com a sorte de ter conhecido John", completou.
"Mesmo hoje, continuamos aprendendo muito com ele. John, eu te amo. 2010/12/8 Yoko Ono Lennon".
Yoko Ono, que vive até hoje em Nova York, estava com o marido quando ele foi atingido nas costas por um fã com problemas mentais em 8 de dezembro de 1980 ao lado do "Dakota", o edifício onde o casal morava em frente ao Central Park.
Lennon teria completado 70 anos no último dia 9 de outubro.
Jerry Goldman, diretor de um museu sobre os Beatles em Liverpool, comemorou o fato de que "pessoas de todo o mundo estão vindo à cidade para fazer uma homenagem e lembrar a mensagem de Lennon de paz através da música".
Um show beneficente chamado "Lennon Rememorado - as 9 Faces de John", na Echo Arena de Liverpool, está marcado para a noite desta quinta-feira. Os fãs que forem ao evento verão vários grupos cover e ex-colegas de banda tocarem algumas das mais famosas canções deste ícone da música.
Entre as bandas programadas está "The Qarrymen", na qual John tocou antes de fundar os Beatles.
Depois de seu assassinato, Lennon se tornou lenda e símbolo de uma época, que continua sendo tema de livros e filmes aos 30 anos de sua morte.
O assassino, Mark Chapman, um jovem instável na época com 25 anos, admitiu a autoria do homicídio e disse que fez o que fez para chamar atenção.
Condenado à prisão perpétua, cumpre pena na prisão de Attica, ao norte de Nova York. Ele teve a liberdade condicional negada seis vezes, a última delas em setembro passado.
A viúva se opõe à libertação do assassino do seu marido por temer por sua própria segurança e pela do filho, Sean Lennon, hoje com 35 anos.
No fim de novembro, a TV americana exibiu "LENNONYC", dirigido por Michael Epstein, que relata a vida nova-iorquina do autor de "Working Class Hero".
Por outro lado, a primeira biografia filmada sobre o mais famoso dos Beatles, "Nowhere Boy", obra de Sam Taylor-Wood, estreou em outubro passado nos Estados Unidos, coincidindo com os 70 anos de nascimento do músico.
O culto ao artista chega até as casas de leilões: o manuscrito de "A Day in the Life", uma das canções mais famosas do grupo, foi arrematado em junho passado por 1,2 milhão de dólares, mais que o dobro do previsto.
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